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05 novembro, 2013

O jogo do celular

Olá. Você pode me chamar de "Jack". Não é meu nome verdadeiro, mas por enquanto isto é o suficiente que você precisa saber. Acho que chegou a hora de eu contar minha história. Acredite ou não, essa é a verdade. Eu espero que você aprenda com meus erros, mesmo se você ignorar tudo isso como as outras 98% que escutarem minha história até o final.

Mas há mais verdade nessa história do que qualquer um de vocês possa imaginas.

Agora, estou fora da escola há três anos, mas antes, um evento em particular ocorreu, então eu vou ter de voltar um pouco no tempo para contar a história.




Primeiramente, meus primeiros dois anos e meio do ensino médio, eu estudei em uma escola na parte profunda do Sul da América, perto do Golfo.







Crescemos ouvindo todos os tipos de histórias assustadoras e se há uma lição que nossos pais super conservadores nos ensinou foi que: nunca brinque com coisas desconhecidas.




Até esse momento eu era muito impopular no meu colégio. Meus dois primeiros anos do ensino médio foram uma dor real, porque eu era uma grande idiota e todos riram de mim. Eu era um solitário... e tudo o que eu realmente fazia na aula era jogar meu Game Boy todo dia antes de correr para casa para jogar um RPG que era viciado.




Tudo mudou durante meu primeiro ano, quando nos mudamos para o oeste.




Comecei a frequentar uma escola Católica com não mais de 250 alunos. Foi nessa época que eu finalmente comecei a encaixar e fazer amigos. Ninguém aqui sabia quanto idiota eu era na outra escola, então optei por "mudar minha personalidade" e tentei fazer amigos pela primeira vez na minha vida. E quem sabe, talvez até consiga uma namorada bonita se tive sorte.




Comecei a conhecer pessoas na escola. Em uma escola tão pequena, você acaba conhecendo todo mundo na sua classe.




Meu primeiro dia que eu fiz um novo amigo chamado Sam... e na hora do almoço, optei para sentar com ele e seus amigos. Ele me disse tudo sobre as outras crianças da escola - quem era mais popular, os atletas, assim por diante.




Ele me apresentou a seus amigos, também: Jim, um grande sujeito que tinha uma média de 10 em todas as matérias, Vogelman o nerd e hacker e Thomas um músico que tocava guitarra em uma banda.




Também conheci Stephanie, menina asiática e corajosa. Alguns dos rapazes diziam que ela era uma vadia, mas ela pareceria legal o suficiente. Por algum motivo ela me achava engraçado e por isso começamos a nos encontrar depois das aulas.




Sam me contou muitas histórias sobre ela, como ela costumava fazer alguns lanches e polvilhava todos com Viagra ou despejava laxantes ele comiam e sofriam o impacto e passavam horas no banheiro. Eu apenas ri educadamente e nunca aceitei as coisas que ela me oferecia para comer, com medo de ser alguma pegadinha dela.




Também havia Rottenbacher. Seu verdadeiro nome era Jason, mas todo mundo sempre o chamava "Rottenbacher" ou "Alemão" porque ele era um nazista hardcore. Ele era rejeitado e solitário. Ninguém queria ser amigo dele. Todos os dias ele usava uma braçadeira suástica vermelha sob o casaco dele onde os professores não podia ver.




Além disso, no dia das bruxas e nos eventos de fantasia da escola ele sempre ia com seu uniforme nazista e longas botas SS.




Na verdade ele era um angustiado filha da puta. Sempre que tínhamos aula de história e a professora lhe perguntava sobre o nazismo, ele gritava insultos raciais ou étnicos, ele deixava a aula gritando "Heil Hitler!"




Além disso, uma coisa peculiar que chamava minha atenção, Era que mancava como se sentisse muita dor. Sam me disse que alguém viu uma vez apertar um cilício farpado no vestiário de uma Igreja Católica, como seu fosse para se punir por seus pecados.




Era uma escola católica, então as pessoas acreditavam que aquilo era apenas um devoto cristão. Foi meio estranho para um amante de Hitler hardcore como Rottenbacher, nas como eu era noivo no colégio não dei muita importância.




Depois que ele terminou de me apresentar para todos seus colegas, Sam me contou algumas das antigas histórias da escola - incluindo uma lenda urbana que circulou sobre a cidade, uma garota que morreu misteriosamente depois de jogar algo denominado como "O celular jogo do celular". Se você perguntasse a alguém o que aconteceu, ninguém podia nada de relevante. Sempre disseram que era porque ela jogou “O jogo do celular”




Sam, Stephanie travessa, Rottenbacher nazista, O jogo de telefone celular, Investigação da polícia sobre o desaparecimento da adolescente. Todas essas pessoas e eventos estavam prestes a se juntam para me tirar de um lugar que ao menos gostaria de estar.




Enfim, o segundo semestre passo e num piscar de olhos já era o ultimo ano do ensino médio.




Todo mundo estava de volta para o novo ano escolar, bombeado para iniciar o mais preguiçoso e mais divertido ano de nossas vidas do ensino médio. Mesmo Rottenbacher, ainda mancando em torno da escola fez em Cilicio farpado, ainda jorrando seu nazismo de lixo cada vez que alguém mexia com ele.




O ano começou estranhamente calmo. Mais dois casos de desaparecimento havia acontecido na escola e a policia já estava desconfiando de algum possível serial killer. De acordo com o jornal, a única coisa em comum que a polícia havia encontrado, era que cada pessoa que desapareceu tinha recebido uma mensagem de texto que dizia: "Bem-vindo ao jogo". Mas como as mensagens havia sido enviada de pessoas diferentes a policia descartou essa informação.




Para mim, as coisas finalmente não estavam indo mal. Foi neste ano que finalmente eu comecei a me abrir com varias pessoas. Fiz grandes amizades e pela primeira vez não me sentia sozinho. Aos poucos, comecei a me encaixar em vários grupos e isso fez de mim uma pessoa popular.




Stephanie sempre me acompanhava porque me achava engraçado e por algum motivo ela gostava de minha piadas. Teve um dia - que eu ainda me lembro como um dos mais felizes da minha vida - ela veio até mim no meio do campus depois da escola e olhou para mim com esses olhos asiáticos bonitos e que cabelos longos, pretos e um sorriso maravilhoso. Eu nunca tinha visto ela tão bonita, ela com jeito um pouco tímida perguntou:

- Jack, você... quer ser meu namorado?




Eu sorri, pulei de alegria ao ouvir isso. – Mas é claro! Claro que sim - eu disse, então nós nos beijamos na frente de todos. Eu finalmente tinha uma namorada. Ainda me lembro que foi um dos dias mais felizes de toda a minha vida, se não o mais feliz. Nós saímos depois da escola, íamos ao cinema, namoramos na casa dela e na minha.




Talvez eu não ficasse tão feliz se eu soubesse o que aconteceria nos próximos dias.




Foi um dia na hora do almoço, ela estava sentada com a gente, quando ela mencionou que em uma noite com suas amigas elas ficaram conversando sobre a lenda do “ O Jogo do Celular”. Ela disse que essas meninas sabiam tudo sobre as regras do jogo e que tinha explicado tudo a ela em grande detalhe.




Supostamente, você pode entrar no jogo a qualquer momento era só enviar uma mensagem de texto à meia-noite para o número de telefone correto. A mensagem de texto deveria dizer: "Eu desejo ter o poder de amaldiçoar pessoas". Se fizer certo, você receberá uma mensagem de volta dizendo: "Bem-vindo ao jogo" e supostamente, esta era a razão dada a policia sobre os desaparecimentos.




Stephanie falou mais sobre o jogo e prestamos atenção no que ela dizia.




Ela nos disse que uma vez que alguém esteja dentro do jogo, ele corre risco de vida. Dentro de duas semanas eles seriam submetidos a diferentes tarefas ou então eles seriam arrastados no meio da noite.




Eu interrompi ela – Arrastado? Por quê? Para onde?




Ela ficou em silencio por um tempo antes de responder.




- Eu não sei - ela sussurrou antes de continuar a sua história.




Ela disse que haviam duas formas de não ser arrastado:




A primeira era encontrando um item de proteção especial. O item pode ser qualquer coisa. Você nunca sabia o que ia ser, mas tinha que ser algum item que deveria sempre te acompanhar e que estaria sempre te machucando lhe causando muita dor. Este era um preço pequeno dependendo do tempo de vida que ainda lhe resta.




A segunda maneira era trazer alguém para o jogo. Isso poderia ser feito enviando uma mensagem de texto dizendo "Bem vindo ao jogo" para qualquer pessoa que você conheça pessoalmente. Se alguém recebeu a mensagem de texto de outra pessoa que estava no jogo, então isso significava que essa pessoa estava agora no jogo também, e sujeito a todas as mesmas regras e consequências do jogo. Se a pessoa não encontrar um item de proteção a si mesmo, ou trazer outra pessoa ao jogo, então eles também seriam arrastados.




O problema dessa segunda forma é a seguinte: Enquanto o item de proteção te proteja por tempo indeterminado. Trazer alguém para o jogo, só aumenta o tempo para você encontrar um item de proteção por mais duas semanas. Se depois trazer mais alguém apenas uma semana. Eventualmente, o período de carência iria ficar cada vez mais curtos. E nesse tempo você teria que encontrar seu item de proteção.




Mesmo que isso parecesse um episódio do arquivo X, eu não gostava de ouvi-la falar sobre essas coisas, então eu disse a ela que era um monte de bobagens.




- Você realmente acha bobagem? - Ela perguntou. -Se isso for verdade imagine o quão legal isso seria capaz de amaldiçoar quem mexeu com você, trazendo elas para o jogo! Você poderia se livrar de qualquer um e ninguém jamais saberia que foi você.




Eu nunca tinha ouvindo Stephanie falando desse jeito. Ela quase parecia insana com o pensamento de vingança. Verdade seja dita, isso me assustou um pouco.




Então eu disse a ela – Nós não devemos ir brincar com coisas além de nossa compreensão. E se você se envolvesse com isso e descobrisse que é verdade? Eu não sei o que faria se algo acontecesse com você! Me prometa que você não vai mexer com essas coisas!




Ela me deu um olhar engraçado – Eu nunca pensei que você seria o tipo de pessoa a tem medo dessas coisas bobas, Jack."




- Bem, eu só não acho que é certo mexer em coisas que você não entende – Eu olhei preocupado pra ela – Agora me prometa Stephanie. Promete que não vai tentar fazer isso.




Ela suspirou – Tudo bem, tudo bem. Eu não vou tentar jogar o jogo do celular. Você está feliz agora?




Eu disse que sim, mas verdade seja dita, eu estava com medo. Eu não acreditei nela. Em todo esse tempo que estivemos juntos eu nunca desconfiei que ela mentia pra mim ou que me traísse, mas eu podia ver em seus olhos que ela tentaria esse jogo. Mas desta vez era sério.




Então, alguns dias depois, ela se aproximou de mim e nos disse que havia entrado no jogo do celular, eu me irritei.




-O que você está pensando, Stephanie? Você me prometeu que não faria isso!




- Sim, sim eu sei! Mas não é nenhuma grande coisa. Eu já tenho tudo planejado. Além disso, se for verdade e funcionar, será uma oportunidade que eu não deixaria passar.




Ela ergueu seu celular e disse – Veja você mesmo.




Uma mensagem de texto é aberta na tela que dizia: "Bem-vindo ao jogo".




- Meio estranho, não é? Eu recebi logo depois que enviei o texto à meia-noite, assim como as meninas disseram.




Meu queixo caiu. Eu fiquei sem palavras e aterrorizado. Este jogo não pode ser real, não é?




- Stephanie, se isso for real, então você está em perigo agora. Você só tem duas semanas para encontrar seu item de proteção.




- Eu sei. É por isso que eu mandei o texto para Rebecca. Vou descobrir se o jogo é real ou não!




- Você fez o quê? Mas Stephanie, se isso for real, então significa que você pode ser uma assassina! A Rebecca agora poderia morrer por sua causa!

-

-Relaxe, Jack. Eu realmente não acredito em nada dessas coisas. Mas por via das duvidas, Rebecca sempre foi uma vadia. Eu eu percebi o jeito que ela olhava pra você durante as aulas. Ela deu a mesma risadinha maliciosa dela que eu sempre amei. Mas desta vez, eu não me senti confortável com isso.




Algumas semanas se passaram e nada aconteceu. Mas então, um dia, Rebecca não apareceu na escola. Na hora do almoço, Stephanie estava sentado em torno de nós, como de costume, quando o assistente principal veio dar um aviso com seu megafone.




- Peço um pouco de atenção por favor – Todo ficou em silêncio. – A polícia nos informou que uma de suas colegas, Rebecca, esta desaparecia.




Pele dourada de Stephanie ficou branco. Ela congelou.




- Os pais delas estão muitos preocupados. Se algum de vocês sabe alguma coisa sobre isso, por favor, venha falar comigo depois da aula. Por enquanto é isso.




- Stephanie ... – Eu sussurrei. Eu estava com muito medo por ela. Eu estava com muito medo de que ela poderia fazer. Ela olhou para mim e disse – Não diga nada.




Ela se levantou e saiu correndo do refeitório. Eu persegui atrás dela.




- Stephanie! Stephanie! O que você está fazendo?




Ela continuou correndo de mim então tirou seu telefone do bolso.




- Não tente me parar, Jack. Para sobreviver eu vou precisar de mais tempo. Posso ficar mais uma semana se eu colocar alguém no jogo, e isso vai me dar três semanas para encontrar.




- Stephanie, ouça o que esta dizendo, quem você pensa em amaldiçoar agora? Você mataria mais alguém por um pouco de tempo extra? Olha o que aconteceu com você!




Ela começou a chorar.




- Eu sei, porra! Mas eu sei quem eu vou amaldiçoar. Ninguém vai sentir falta dele, eu prometo.




- Stephanie, isso não está certo. Você não pode fazer isso. Ninguém merece isso. Deixe-me ajudá-la! Podemos encontrar um objeto de proteção para você juntos!




Ela se virou e me mostrou seu telefone celular. Ela tinha acabado de enviar uma mensagem que dizia: "Bem-vindo ao jogo".




Ela enviou para Rottenbacher.




Eu comecei a chorar. Agarrei ela tão firmemente quanto pude. – Stephanie, Stephanie. Eu te amo. Mas eu sinto muito. Isso não está certo. Nada disso é certo.




Ela segurou em mim e começou a chorar profundamente também. Nos abraçamos lá por quase uma hora. Eu ainda me lembro como se fosse ontem.




Então, naquela noite, antes de irmos para casa, nós dois resolvemos que começaríamos a procurar um item de proteção no dia seguinte.

No dia seguinte, eu estava andando com Stephanie, depois da escola, quando Rottenbacher se aproximou de nós com o seu telefone celular. Ele estava furioso.




- Isso é algum tipo de piada sua vadia de olhos puxados?




Verdade seja dita, eu achava que Rottenbacher tinha o direito de estar um pouco irritado. Claro, ele era um maníaco pervertido nazista, mas com todos os boatos de assassinato por aí, eu poderia imaginar alguém estar com raiva após receber uma mensagem de texto como esse.




Mas mesmo assim, eu não ia deixar ninguém falar com a minha namorada assim.




- Hey cara, olha o respeito! Essa não é a forma de se falar com uma dama!




- Dama? – Rottenbacher gritou – Essa dai não é nenhuma dama! Ela é apenas uma vadia e ela tentou me matar! Aposto que você matou a outra menina, também, não é? Rebecca? Ela está desaparecida por sua causa não é?




Stephanie começou a chorar novamente.




Eu puxei meu braço para trás e dei um soco tão forte que pude no rosto do Rottenbacher. Ele tropeçou para trás alguns passos e passou a mão na boca, da qual escorria um pouco de fluxo de sangue, mas ele manteve a compostura.




Eu meio que pensei que ele iria pra cima de mim para me bater.




Depois de um momento ele falou:




- Você não entende né Stephanie? Eu já estou no jogo. Eu sempre estive. Eu sei das regras e o tempo extra que você tem. Mas ao contrário de você, eu nunca precisei matar ninguém. "




- Bobagem – Eu disse – Se tudo isso é verdade, então como é que você ainda esta vivo?




De repente, me lembrei do cilício que Rottenbacher usava em torno de sua perna que lhe causou a mancar em agonia, e que Stephanie tinha me dito na hora do almoço.




Sempre que um novo item de proteção foi descoberto, o que quer que fosse, faria com que seu portador a sofra.




- Você tem um item de proteção.




Os olhos de Stephanie se iluminou. Ficou claro que havia percebido a mesma coisa que eu tinha. Rottenbacher sorriu – Isso mesmo, e se eu fosse sua namorada, me preocupava em encontrar algum item ao invés de fazer novas vitimas.




Stephanie olhou para ele com medo em seus olhos.




Os dias se passaram e por mais que tentemos, Stephanie e eu não conseguíamos encontrar nada que poderíamos qualificar como um item de proteção. Estávamos nos aproximando do prazo de duas semanas e ela estava parecendo cada vez mais assustada a cada dia. Seu cabelo estava uma bagunça, sua personalidade geralmente borbulhante era triste e perturbada. Ela olhava para o nada durante as aulas e orava constantemente.

Após o prazo de duas semanas, nós dois estávamos aterrorizados. Ela veio até mim na escola e disse: - Jack, eu quero que você durma comigo esta noite. Fique comigo a noite toda. Não deixe que me peguem.




Eu não podia recusar. Eu apareci em sua casa tarde da noite e entrei pela sua janela. Dormimos juntos. Foi agridoce.




Ela foi dormir me segurando, mas eu fiquei acordado a maior parte da noite observando e esperando, até que eu finalmente cai no sono por volta das 4:30 da manhã de tão exausto.




No dia seguinte, quando acordei, tudo que eu conseguia pensar era "Stephanie!" Eu olhei ao redor freneticamente. Ela não estava na cama ao meu lado.




- Stephanie! – Eu gritei alto e sai da cama e comecei a procurá-la. Caminhei em sua cozinha.




- Não fale tão alto – disse uma voz. Era Stephanie. Eu me virei para vê-la sentada em uma mesa redonda na cozinha. Ela estava sorrindo e parecia tão aflita como sempre.




Dei um suspiro de alívio.




- Meus pais já foram trabalhar, mas eu não quero que os vizinhos a fiquem desconfiados de alguma coisa.




Chorei de alívio. O tempo extra dela tinha acabado e ela estava segura. Nada havia chegado para ela. Corri todo o chão da cozinha e abracei ela e nos beijamos.




Tudo estava normal.




Por duas semanas.




Então eu fui para a escola um dia e nove de nossos colegas havia desaparecido, incluindo Sam.




Todo mundo estava apavorado. Ninguém sabia o que tinha acontecido com eles ou para onde eles teriam ido. Ninguém sabia, exceto eu e a pessoa que era responsável por isso: Stephanie.




Se a quantidade de tempo prolongado foi reduzido pela metade a cada vez que ela trouxe alguém para o jogo, significava que seu tempo extra estaria funcionando novamente até esta noite.




Eu confrontei ela sobre isso depois da escola.




- Stephanie, a polícia está ficando desconfiada. Você não pode mais fazer isso, e eu não posso te ver fazendo isso. Isso é errado. Ele é mau!




Ela me olhou em silêncio. Ainda me lembro do olhar em seus olhos naquele dia. Neste ponto, tornou-se claro para mim que a menina que eu tinha conhecido e amado estava muito longe, e tudo o que restava era uma desalmada, perversa que se agarrava à vida e temia a morte mais do que tudo. Mas mesmo assim, eu ainda a amava mais do que tudo. Ela foi minha primeira e única namorada, eu não poderia deixá-la ir. Eu não podia deixar que nada aconteça a ela.




- Está tudo bem – ela disse – Eu não vou mais fazer isso. Eu aceito o que as consequências. Ninguém mais vai morrer por minha causa.

- Stephanie ... você tem certeza? Talvez ainda podemos encontrar um item de proteção para você, se procurarmos agora.




Ela olhou para baixo tristemente – Não há mais motivo para fugir do meu destino. Só quero passar a noite com você hoje à noite, ok? Só mais uma noite juntos. Isso é tudo que eu quero.




Eu fiquei com o coração partido. Tudo era muito melancólico e muito melodramático. Eu estava tão triste ao ouvir suas palavras que ela seria tirada de mim.




Eu vomitei. Vomitei e vomitei repetidamente em uma lata de lixo próximo de nos tentando revidar um fluxo interminável de lágrimas.




Naquela noite, ela dormiu comigo de novo. Doente, fraco e cansado, eu desmaiei de cansaço perto das 3h00.




Menos de uma hora depois, eu acordei com um sobressalto.




Stephanie foi embora.




Sentei-me e olhei em volta, em seguida encontrei um bilhete. Eu li.




“[Jack]: Sinto muito por ter mentido para você novamente, mas eu não estou pronto para morrer ainda"




Um calafrio percorreu minha espinha. Eu continuei a ler.




"Eu descobri o que eu preciso fazer. Não se preocupe, como eu prometi, ninguém vai morrer por minha causa”




O que ela poderia estar pensando? Eu olhei em volta do meu quarto. De repente, notei que a pistola calibre .45 que meu pai comprou-me para o meu aniversário de 18 anos havia desaparecido do meu quarto, e agora tudo fez sentido.




É por isso que ela queria passar a noite comigo esta noite. Ela queria que a minha arma. ela estava planejando ir atrás Rottenbacher e tomar o seu item de proteção.




O tão rápido que pude coloquei uma roupa e sai correndo para o carro do meu pai. Eu sai em disparada em direção apartamento de Rottenbacher.




Quando cheguei lá, notei que a fechadura havia sido baleada e de fora e ouvia vozes no vindo de dentro.




Eu empurrei a porta aberta – O que está acontecendo aqui? – Eu gritei.




Olhei em volta. Stephanie estava apontando a arma para. As paredes do apartamento estavam cobertas com fotos de Adolf Hitler e banners suástica. Havia chicotes e correntes espalhadas pelo chão do quarto. Rottenbacher estava pisando em torno de pijamas de manga cumprida e xingando ela em sua forma neonazista típica, gritando sobre 'invasão de domicílio' e sobre "chamar a polícia" e isso e aquilo. Ele estava mesmo usando aquela braçadeira nazista estúpida. Era óbvio que esse cara era um fanático louco.




Stephanie gritou para ele – Cale a boca!

Ela disparou dois tiros contra a parede atrás dele.




- Agora me dê essa coisa farpada de tortura que você está sempre usando, ou eu vou matá-lo agora mesmo.




A voz dela era assustadora.




Rottenbacher ficou no lugar por um momento e, lentamente começou a tirar as calças do pijama.




- Você está cometendo um grande erro. Você deveria apenas aceitar as coisas como são e morrer com dignidade. Você não vai conseguir acabar com isso.




Ele tirou o Cilicio de sua perna, do qual escorria uma pequena quantidade de sangue e entregou a ela.




Imediatamente, ela colocou-o em sua própria perna com uma mão, mexendo com a minha pistola, enquanto ela apertou até doer, e sua própria perna começou a sangrar um pouco.




- Vamos, Jack – Ela sussurrou e se virou para sair.




Comecei a sair com ela. Do apartamento, ouvi gritos de Rottenbacher.




- Você não vai se safar dessa! Ele vai vir para você e ele vai arrastá-lo para o inferno pelo o que você fez! Você vai pagar pelas vidas dos seus colegas!




Eu podia ver que ela estava chorando um pouco à medida que nos afastávamos.




Eu estava mal. Fiquei enojado com tudo isso. Eu fiquei com nojo de Stephanie por ser tão cruel e egoísta, e eu fiquei com nojo de mim mesmo que assisti tudo isso e vendo os sinais, e não fazer nada para detê-la. Mas pelo menos agora ela estaria segura.




Enquanto caminhávamos de volta para o carro, eu fiz uma pequena oração para Rottenbacher na esperança de que ele pudesse encontrar um novo item de proteção dentro de duas semanas. Ele pode ter sido um bastardo racista, mas de certa forma, ele ainda mais bondoso do que Stephanie. E se o que ele disse sobre nunca trazer ninguém ao jogo fosse verdade, e ele não merecia morrer por isso.




Eu deixei Stephanie em sua casa. Ela estava exausta. Eu teria dado-lhe um beijo, mas eu estava muito enjoado e só queria que todo o calvário acabasse.




- Boa noite – Eu sussurrei pra ela.




- Boa noite, Jack. Eu te amo - ela sussurrou de volta, e saiu do carro e voltou para sua casa.




Eu comecei a dirigir para casa, exausto com tudo que aconteceu.




De repente, meu celular começou a tocar. Eu o peguei. Era uma chamada da Stephanie.

Eu perguntei.




- Alô?




A primeira coisa que ouvi foi um grito, seguido pelo que soava como o barulho de bater em sua porta.




- Jack! Me ajude! Ele está aqui! Ele está aqui, e ele está vindo para mim!




- O quê? Espere, Stephanie!




Fiz uma reviravolta na com o carro e sai em disparada de volta para sua casa. Stephanie estava se tornando mais frenética.




De repente, do outro lado da linha, ouvi o som de sua porta sendo surrada, seguido por outro grito. Eu podia ouvir Stephanie gritando no topo de seus pulmões, meu sangue gelou com grito. Eu ainda me lembro do momento perfeitamente, e eu me lembro dos gritos dela palavra por palavra.




- Não, Não, eu não quero morrer! - A adrenalina subiu no meu coração e eu pisei no acelerador.

-Não, Não, Por favor, Pare!




Ela gritou novamente e ouvi o que parecia ser o telefone batendo no chão os gritos de Stephanie foi ficando cada vez mais longe.




E, em seguida, o ar morto.




- Stephanie? Stephanie! Responda porra!




Não obtendo resposta, eu desliguei e chamei a polícia.




Quando cheguei na casa de Stephanie, a porta da frente havia sido esmagada, eu estacionei o carro em seu gramado e pulou para fora, carregando minha pistola calibre .45 comigo.




Corri para dentro, procurando pelos corredores. Tudo estava em câmera lenta.




Então, eu fui para o quarto de Stephanie. Eu acendi a luz e verificado todos os cantos com a minha pistola na liderança. Finalmente, eu abaixei a arma quando algo me chamou a atenção no centro da sala. O celular de Stephanie estava jogado no chão ao lado de sua cama.




No meio da sala no tapete, tinha uma pequena mancha de sangue. Não era mais do que algumas gotas. Mas a visão mais arrepiante de tudo era que a partir da borda da cama dela até a porta de seu quarto que levava para o corredor havia um rastro de marcas de garras que ela tinha deixado como algo ou alguém tivesse arrastado para longe de sua condenação.




Eu não aguentava mais.Me Virei e sai do quarto. Na saída, eu não pude deixar de notar que ela tinha arrancado a maioria de suas unhas arranhando o tapete e que eles estavam espalhados perto dos trilhos que seus dedos haviam deixado.




Eu podia ouvir as sirenes chegando à distância













Passaram os dias, então semanas, depois meses. A polícia fez investigações, eles me questionaram muitas vezes, minhas história eram sempre iguais. Eu disse a eles a verdade, como eu sabia. Eu acho que eles não acreditaram em mim, mas todas as evidências comprovaram minhas história e não havia nada que eles pudessem usar para me julgar como culpado. Então eles me liberaram.




As coisas gradualmente voltou ao normal.




Nossas aulas voltaram ao normal e eu terminei o ano depois fui para a faculdade.




Mas havia uma coisa que ainda me incomodava a respeito de Rottenbacher. É que ele não desapareceu como as outras pessoas. E a Stephanie tinha feito certo e conseguiu seu item, mas mesmo assim ela foi arrastada.




Isso pode significar apenas duas coisas: Ou as regras estavam erradas, ou foi Rottenbacher que se livrou de minha namorada. Se este fosse o caso, eu mesmo vou lançar minha vingança sobre ele.

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17 comentários:

  1. Revisar o texto de vez em quando é bom.

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  2. Man, pra mim essa creepypasta devia continuar, e muito tensa uma das melhores que ja vi

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    1. Eu tbm acho, se pá daria ate um filme, mas o final deveria ser tipo, o Jack indo resgatar a Stephanie, ai sim ia ser dahora!

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  3. essa creepy e tri massa mas eu vi ela no creepypastabrasil e ta diferente

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  4. Eu ceru joga tabem mi ei via unumeo para joga tabem

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  5. Ela quebrou as regras ao roubar um item provavelmente

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  6. CARACAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA MULEQUEEEEE QUE ADRENALINA PUTA MERDA

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  7. Continua essa creepy por favor ela ta muito boa e quero saber o final dela

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  8. Continua essa creepy por favor ela ta muito boa e quero saber o final dela

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  9. bom, essa creepy é um pouco parecida com um mangá chamado "ousama game", tem algumas falhas de português e de coerência, mas tirando isso tem até um bom desenvolvimento mas, de ruim mesmo só o final!

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  10. Simples,um nazista em uma igreja católica? Ainda mais, um amante hardcore de Hitler, mesmo que não seja aí a coisa, é estranho. Dá pra pensar um pouco sobre..Talvez o emblema, cause uma dor longe da física, talvez seja essa emocional? explicaria o porque das palavras "angustiado" e "solitário". Ótima história, parabéns.

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    1. Também pensei nessa hipotese,mas se for ele a pessoa que rapta as pessoas?

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    2. Também pensei nessa hipotese,mas se for ele a pessoa que rapta as pessoas?

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