CLOCKWORK: SEU TEMPO ACABOU!

Uma menina estava sentada em seu quarto. Ela tinha o cabelo castanho com pequenas tranças bagunçadas, assim como seus olhos castanhos que olhava para a porta. Ela abraçou sua girafa de pelúcia bem perto de seu pequeno corpo enquanto ouvia os gritos altos da discursão entre de seu pai e sua mãe.
-Eu nunca deveria ter feito nenhum desses filhos – Gritou uma voz alta masculina – Tudo que eles fazem é reclamar e rabiscar as paredes…
Ele foi cortado pelo alto grito da mãe das meninas.
-Não fale assim dos seus filhos David! Elas são apenas crianças!
-Não fode Mary! Eu não quero ouvir suas desculpas inúteis! Já aguentei o suficiente com elas!
– E o que você pensa em fazer David?

A menina ouviu os passos altos vindo em direção ao quarto dela e ela abraçou ainda mais forte a pequena girafa.
A porta foi violentamente aberta e na porta estava o enorme e irritado pai segurando um livro grande e pesado em uma de suas mãos carnudas.
-Por favor! Pare com isso David! – Gritou a mãe.
O pai ignorou os gritos suplicantes de sua esposa. Ele agarrou a menina pelo pescoço, ela gritou, chutou, se contorceu e tremeu de medo. O pai das meninas ergueu o enorme livro didático em direção ao pequeno rosto da criança.
-Isso é pelos desenhos e rabiscos em minhas paredes! Sua vadia.


Anos mais tarde, a menina era conhecida como Natalie e agora tinha 17 anos de idade. Ela estava
sentada em sua sala, assistindo TV. O pai dela estava gritando sobre economizar alguma merda, mas ela há muito tempo não dava a mínima ao que ele falava e continuava mastigando um pouco de pipoca.
Ela também estava fazendo um desenho. Usando bastante o lápis vermelho ela desenhava sangue, ela gostava de desenhar sangue. Era uma satisfação estranha. Fora isso, a multitarefa nunca foi um problema para ela. Desde mais jovem tornou-se evidente para ela que era capaz de fazer tantas coisas ao mesmo tempo. Desenhos acabaram se tornando seu talento e paixão. Era sua maneira de escapar da realidade, quando algo ruim preenchia sua cabeça ou quando ela estava simplesmente entediada.
-Bem, chegamos – Ela olhou para uma grande fachada na escolha que dizia “Instituto Walker Vill de belas artes”. Ela suspirou cansada e saiu do carro, colocando a mochila no ombro. – Até mais – disse ela fechando a porta do carro. Ela entrou na escola, conversou com um casal de amigos, depois foi até seu armário no terceiro andar, ela pegou seus livros e só então percebeu que estava 5 minutos atrasada, ela correu para a aula. Sua professora de inglês, já nervosa com o atraso, veio até a mesa de Natalie.
-Onde está sua atribuição, senhorita Natalie?
-Eu, hum.. Esqueci em casa.
A professora resmungou enquanto voltava à sua mesa: -Seu tempo acabou, Natalie, Não me decepcione.
Natalie parecia intrigada com esse pensamento por um momento. Ela não sabia por que, mas essas palavras pareciam derreter ela. Ela simplesmente ignorou e voltou a ouvir a aula, e adormecer não muito tempo depois, é claro.
Mais tarde naquele dia, ela estava indo para seu armário se preparando para o quarto período e de repente, seu namorado, Chris, veio até ela.
-Hey… Quero falar com você depois da escola, ok?
Ela sorriu carinhosamente para Chris, embora estranhamente, ela não esperava nada. Ele foi sempre um cara doce.
Durante as aulas de francês, ela não se atreveu a prestar atenção, em vez disso, ela rabiscou uma coisa que ela adorava desenha: sangue, gore, pessoas sendo esfaqueadas e facas. Outras pessoas dizem que é muito obscuro ela desenhar essas coisas, mas ela não via nada de errado com ele.
– Senhoria Natalie!
Ela rapidamente cobriu os desenhos em seu papel e olhou para seu professor de inglês.
-Sim…
Ele gesticulou para mover seu braço com uma leve virada de cabeça.
-Mostre o seu trabalho.
Ela hesitante moveu o braço para mostrar a imagem de alguém sendo esfaqueado. O professor olhou perplexo, olhando para ela e para o desenho. Ela sorriu nervosamente.
-Apague isso e comece a fazer seu trabalho – ele disse em um tom calmo. Ela suspirou de alivio e começou a apagar a imagem – E senhoria Natalie – Ela olhou para ele – Seu tempo esta quase acabando, comece a fazer seu trabalho. Sugiro que comece agora. De novo ela resmungou com essa observação. O tempo sempre parecia estar contra ela, na medida em que ela se importava o tempo que se foda.
Após a aula, ela saiu da escola para encontrar seu namorado em pé, perto da calçada. Ela sorriu e se aproximou, esperando que os problemas daquele dia fossem esquecidos perto dele. Mas quando ela se aproximou, seu sorriso desapareceu. Ele não estava sorrindo de volta como de costume.
-Chris, aconteceu alguma coisa? O que você queria me falar?
-Natalie, eu acho que chegou a hora de cada um seguir sua vida, em pouco tempo teremos esquecidos um o outro.
Ela sentiu seu coração partido
-Esta terminando comigo? Mas por quê?
Ele deu um olhar severo.
-É a sua mentalidade, seus desenhos, eles me arrastam para longe de você. Acho que tem algo de errado com você, e a parte mais triste é que não me diz por que está agindo assim. Faz-me sentir irresponsável, então eu só… Não posso mais fazer isso… Nosso tempo juntos acabou… Eu sinto muito.
E com isso ele começou a se afastar.

Natalie colocou suas mãos na pia do banheiro de sua casa. Ela se olhou no espelho, seus olhos estavam se contraindo.
– Eu não vou me machucar como os outros. Serei mais forte.
Havia uma agulha e uma linha preta na mão.
– É inútil, não vai ajudar – Alguma sensação estranhar puxou seu subconsciente. Ela riu um pouco. – Não, eu estou fazendo isso porque eu quero. – ela levantou a agulha e a linha até o final do mesmo. Ela sorriu amplamente. – O tempo acabou.
Pedaço por pedaço, corte após corte. Mesmo com a dor excruciante, ela não lamentou, ela não choramingou, ela não chorou. Não havia mais lágrimas para derramar, tudo que ela fez foi sorrir. O sangue das perfurações caia gotejando na pia. Quando ela terminou, ela não se arrependeu e admirou seu trabalho prático. Ela acariciou os pontos horrendos ao lado de sua boca que se espalhou eu um largo sorriso. Ela sentiu o sangue quente e úmido em seus dedos e o lambeu com cuidado, consumindo o gosto metálico do líquido em puro êxtase.
Ela parou quando viu sua mãe através do reflexo do espelho com os olhos arregalados e o rosto pálido. De repente, ela sentiu a dor e gritou:
-Mãe?
Ela nunca se sentiu tão confusa. O que aconteceu com ela?

Sua mãe agendou uma terapia para ela. Natalie se livrou dos pontos e percebeu quanta dor trouxe então ela foi para o terapeuta. Ela usava um capuz, para não deixar ninguém ver. Ela sentou-se no assento de couro e olhou para mulher de cabelos loiros em frente a ela em silêncio.
-Seu nome é Natalie, certo?
Natalie apenas balançou a cabeça.
-Eu sou Debora e estou aqui para ajudar. Por favor me diga, o que tem te perturbado ultimamente?
Natalie levantou a cabeça.
– Tempo. O tempo tem sido meu problema.
Debora olha confusa.
– Como assim o tempo?
As mãos de Natalie segura o couro do assento.
– O tempo obriga você a viver com ele, progride lentamente ao longo da vida, controlando a sociedade, apenas para me torturar. Ele é um ciclo vicioso, o tempo não acaba, não abrange, não acelera. Ele é violento e nós vivemos através da tortura de não saber o que é realmente o tempo, não podemos avançar dentro dele.
Debora não tinha ideia do que estava dizendo. A terapeuta se inclinou mais perto.
-Querida, eu quero que você me diga o que aconteceu com você.
Natalie a encarou nos olhos. Fez uma longa pausa, ela sorriu exibindo as perfurações dos pontos ligeiramente abertos novamente.
-Por que você não me diz loira oxigenada. Você é a especialista aqui.
Debora parecia ter um olhar de irritada.
– Eu não posso ajuda-la até que você me dia o que está de errado, Natalie.
Seus dedos começaram a rasgar o assento de couro.
– Natalie não está mais aqui, não mais.
Com isso, os olhos de Debora se arregalaram, ela se levantou.
– Eu já volto. Por favor, espere aqui.
Ela saiu deixando-a sozinha. Natalie não se moveu, ela sentou-se perfeitamente imóvel. Depois de um tempo natural de espera e de impaciência, seus pais finalmente entraram. Ela ficou feliz de ir embora, mas ela notou as expressões de seus pais. Mesmo seu pai, tinha um olhar entristecido e estranho em seu rosto. No caminho, ela pensou que estava voltando para sua casa, e começou a adormecer.
Estranhamente ela ouviu uma voz sombria falando em seu sonho. Era como se a voz ecoava em uma escuridão eterna. – “Seu tempo acabou” – Ela acordou agitada e suor rolava pelo seu rosto.
Ela não estava em casa, ela não estava no carro, ela estava em uma cama, uma cama branca em um quarto totalmente branco. Ela olhou ao seu lado, vendo que estava ligada a um monitor cardíaco. Ela foi se levantar, mas de repente percebeu que estava limitada para se mover. Ela entrou em pânico, ela tentou lutar, mas fez uma pausa quando ouviu a porta à sua esquerda ser aberta. Um homem em uma camisa branca olhou para ela, com as mãos atrás das costas.
– Você deve estar muito confusa agora, eu posso imaginar, mas vou te explicar, nós só estamos aqui para ajudar. Seus pais concordaram em assinar um contrato para lhe dar algumas drogas mentais, na esperança de ajudar seu estado de espírito.
Ela abriu a boca para protestar, mas foi rapidamente silenciada.
– Você estará de volta ao normal em pouco tempo. Apenas tente relaxar. O tempo é seu amigo agora.
Ele se aproximou. Ela tentou se afastar, mas não conseguiu devido aos laços em torno de seu pulso e pernas. Ele cuidadosamente pegou uma máscara e colocou sobre a boca e o nariz. Ela tentou se livrar, mas sentiu-se sob o efeito das drogas e os seus olhos lentamente se fecharam.

De repente, ela acordou. Ela não conseguia entender o que diabos estava vendo.
Ela estava levando injeções múltiplas, sentia-se tonta, mas muito consciente de seus arredores. Sua frequência cardíaca estava começando a acelerar no monitor e os médicos tomaram conhecimento disso, eles olharam para ver seus olhos abertos. Um dos médicos estava gritando com outro. Ela não conseguia entender sobre o que eles estavam falando, mas de repente ela sentiu uma descarga de adrenalina e começou a tremer violentamente. Um dos médicos indo para segurá-la, mas por algum motivo hesitou em fazer isso. Todos os três médicos recuaram. Ela estava na beira da cama agora e arrancou a máscara e o tudo de seu braço, ela se levantou, começando a tropeçar, sua respiração engatou, sua visão ficou embaçada. Ela não conseguia se mover e de repente sentiu forte dores no peito. Ela agarrou o peito, onde seu coração estava, caiu de joelhos e cuspiu sangue, em seguida caiu no chão desmaiando.

Ela acordou lentamente, ela estava de volta na cada e os médicos estavam sentados ao seu lado. Algo deu terrivelmente errado, ela não sabia o porquê, mas sentia ódio contra o médico. Ele notou isso e desviou o olhar.

– Você não devia ter acordado enquanto estávamos dando-lhe as doses. Nós não sabemos como isso afetou você mas temos a sensação que vamos descobrir.

Ele parou por um segundo, antes de lhe entregar um pequeno espelho, sem olhar para ela.

Ele queria mostrar um efeito sobre sua aparência também, Ela se olhou no espelho. Seus olhos se arregalaram. Eles eram completamente verdes! Ela notou que ainda tinha a costura em sua boca, e por alguma razão ela se sentiu feliz. Sua frequência cardíaca começou a aumentar novamente, ela deu uma risada baixa. O médico olhou em choque vendo que ela estava de pé a poucos metros dele,

– Doutor – Ela disse, ainda rindo.

Ele tremia um pouco, pressionando um botão debaixo do monitor.

– Sim?

– Seu tempo acabou.

Um grito foi ouvido pelos corredores do hospital. Dois seguranças correram para o quarto, chutando a porta aberta. O sangue foi a primeira coisa que eles viram. Sangue nas paredes, cama, chão e até mesmo no teto. Natalie tinha levado o médico e amarrado na cama, sua coluna foi completamente fixada na cama que estava inclinada quase como um sanduíche e o corpo dele dobrado em uma posição anormal.
O sangue escorria de seus olhos, nariz, boca e lá no canto estava assassina, sorrindo, tirando fotos horríveis das paredes cheias de sangue seguida pela frase: “ Seu tempo acabou”.

Ela lentamente se virou para olhar para eles, com os olhos arregalados e um sorriso insano espalhado pelo seu rosto.

-Olá amigos, querem brincar?

A policia sacou rapidamente e antes que eles pensassem em atirar, ela rapidamente corre em suas direções com um canivete e faz um corte profundo, na linha da cintura, sangue e órgãos inundam e o policial cai no chão. O outro sacudiu a cabeça com medo, deixando sua arma cair. Ela caminhou lentamente até ele colocou a ponta da faca em seu peito.

– Seu tempo acabou.

Ela deslizou lentamente a faca para baixo percorrendo o caminho até seu intestino. Seus órgãos derramam no chão e logo depois seu corpo cai morto.


A mãe de Natalie estava dormindo em silêncio ao lado do seu marido. Ela acordou ao som de alguém batendo em sua porta, ela se levantou e saiu de seu quarto para ir abrir a porta. Chovia lá fora. Ela caminhou até a porta e parou quando estava prestes a agarrar a maçaneta. Ela ouviu um fraco riso, a chuva e o trovão parecia estar mais silencioso. Ela pressionou o ouvido contra a porta.

-Olá mãe.

Natalie chutou com força extrema, abrindo violentamente a porta, ela estava com duas facas na mão. Sua mãe cambaleou para trás, batendo a cabeça contra a chapeleira, ela agora sangrava incontrolavelmente, ela caiu no chão, paralisada, mas ainda consciente. Natalie se elevava sobre ela e lentamente se ajoelhou para ficar ao nível de seus olhos e lhe mostrou duas facas coberto de sangue grosso, vermelho.

– Eu estava sofrendo mãe – Ela passou a ponta das facas em sua bochecha cortando ligeiramente. Natalie inclinou a cabeça. – Você foi fraca. Você não fez nada – Tudo que sua mãe podia fazer era agitar e suspirar constantemente, como um peixe fora d’agua. Natalie pegou sua mãe, virou-a gentilmente, montou em cima dela e começou a fazer um “V” com um corte em seu peito. Sua mãe apenas suspirava e balançava. Natalie sabia que ela não tinha muito tempo de sobra. Ela começou a forçar e abrir a cavidade torácica de sua mãe com um alto estalo. Natalie coloca a mão dentro para pegar seu coração que bate lentamente em sua mão, pulsando cada vez mais fraco e mais fraco. Então ela o arrancou, o sangue se espalhou por todo o seu rosto. Ela olhou fixamente para sua mãe nos olhos enquanto ela morria lentamente.

– Bons sonhos – Ela disse para o cadáver de sua mãe – O seu tempo acabou.

Ela colocou o coração na boca de sua mãe, acariciando seu rosto suavemente e se levantou.


O pai de Natalie, David tinha acordado ao perceber que sua esposa não havia retornado. Seus olhos começaram a se ajustar à escuridão e de repente percebeu que Natalie estava ao lado da cama, sorrindo loucamente e com os olhos verdes brilhando na escuridão. O Sangue estava por todo seu corpo e o cheiro era insuportável. Ela fez uma expressão de uma falsa tristeza.

-Oh papai, a mamãe se foi! Agora quero saber quem vai conseguir dinheiro pra te bancar – Então ela agarrou seu pai pelo pescoço – Era só com isso que você se preocupava não é? Dinheiro era a única coisa que você gostava!

Seu pai, no entanto era lutador desde que criança, ele agarrou-a pelo pescoço e jogou-a no chão. Ele começou a bater em seu peito até que ela começasse a tossir sangue.

-Não se sente bem, papai? – Ela tossiu mais sangue – Afinal de contas, você nunca se importou com nó todos esses anos, não é?

Ele estreitou os olhos;

– Você não é minha filha!

Um sorriso largo espalhou pelo seu rosto e ela olhou para ele com os olhos brilhantes enquanto o sangue escorria de sua boca.

-Você está certo! Eu não sou sua filha!

De repente, ela o tropeçou, fazendo-o cair duro no chão, ela se levantou, com suas facas nas mãos.

– Eles dizem que quanto maior você for, mais difícil é para morrer!

Ela pegou um travesseiro e colocou em seu rosto e então começou a esfaquear fazendo que a lâmina atravessasse o travesseiro acertando o rosto de seu pai, e a cada golpe ele ficava menos agitado e o som de desespero diminuía.

Quando ela jogou a travesseiro para longe, seu rosto estava horrivelmente mutilado.
Ele estava gemendo, chorando de dor.

– Qual o problema, papai? É dor demais para você? – Ela ainda estacou suas duas facas em seu estômago, puxou a cama para mais perto dele e levantou-a colocando um os pés da cama sobre a faca e soltando para que todo o peso pressionasse sobre o corpo. Ele começou a engasgar e o sangue derramou de sua boca, sua respiração ficou em silêncio. Ela subiu na cama para exercer mais pressão sobre o peso e então seus órgãos explodiram para fora de seu corpo. O desagradável sangue preencheu todo o chão e os lados de seu rosto.
– Seu tempo acabou.

Agora, essa seria sua parte favorita. Ela discretamente esgueirou-se para o quarto de seu irmão. Silenciosamente abriu a porta com o sangue escorrendo de sua boca. Seu irmão não estava na cama, era evidente que ele deve estar escondido em algum lugar


– Irmão, irmãozinho – Ela começou a caminhar pra dentro. – Tudo o que eu queria, era fazer você se divertir um pouco. – Quando ela entrou mais, ela ouviu atentamente para qualquer som, qualquer respiração. Ela ainda cheirou o ar para seu cheiro pútrido, ela finalmente percebeu algo. Um barulho de respiração fraca.
* WHACK *Ela caiu no chão tremendo. Seu irmão estava atrás dela com um taco de beisebol agora sangrento. Ele estava olhando para baixo com raiva. Ofegante de raiva, ela tentou lentamente se levantar, mas ele bateu nela novamente.

– Mamãe sempre gostou mais de você! – Ele bateu com força uma última vez antes de tomar um fôlego. Ela estava sangrando muito. Seus olhos verdes caíram, brilhando fracamente na escuridão. Sentia-se fraca e olhou mais de perto até o teto. Ela lembrou os dias que ela passou por aqui. Sendo torturada, tendo que apanhar de seu pai pelas travessuras que seu irmão fazia, pelos desenhos nas paredes que ele rabiscava de propósito para ela levar a culpa. Ela sentiu uma onda repentina de energia para seu corpo. Ela começou a rir insanamente. Seu irmão tentou atingi-la novamente, mas ela usou sua mão para bloquear.

– Você está indo para o inferno, irmão.

Com um grande impulso, ela empurrou seu irmão sobre a cama e ele bateu com a cabeça contra a parede. Ele rosnou com raiva. Ela esfaqueou as duas facas em seus braços, mantendo-o preso à parede. Ele gritava e se debatia.

– Vamos ver o que podemos usar aqui.

Ela começou a andar ao redor da sala e sorriu, vendo uma faca de manteiga em seu lado da cama. Ela pegou e caminhou até ele.

– Eles dizem que os olhos são os órgãos mais macios do corpo.

Ela lambeu a faca. Ele olhou com horror quando ela começou perfurava seus olhos. Ele gritou em voz alta e ela rapidamente amarrou um pano em volta da boca.

– Shhh. Não queremos que você acorde os vizinhos.

Ele não era capaz de ver nada e a dor era insuportável. Sangue vazou violentamente de suas órbitas. Ele chorava, mas agora era incapaz. Ela pegou uma tesoura e caminhou até ele.

– Eu acho que você precisa se ​​soltar, irmão.
Ela esfaqueou a tesoura em seu intestino e ele gritou. Ela o tratava como um trabalho de artes: cortando sua pele como papel. Ela levantou os grandes intestinos.
– Você sabe que eu te amo? Macarrão artístico!

Ela começou a cortar os intestinos em seções.

– Estes podem ser um pouco grande demais para caber em uma placa, no entanto.

Ela desceu para os dedos dos pés e começaram a racha-los um por um. Em seguida, ela quebrou os dedos. Ele se engasgava em seu próprio sangue agora. Ela puxou o pano para baixo e sangue derramou de sua boca.

– Não, não irmão. Talvez isso vai fazer você se sentir melhor.

Ela colocou os dedos em sua boca, em seguida, enfiou em sua garganta. Ele engasgou e morreu.– Seu tempo acabou.A menina conhecida como Natalie entrou em seu quarto. No canto, viu sua girafa de pelúcia. Ela olhou para ele e, sem uma palavra, ela entrou no banheiro. Olhou-se e ouviu um barulho de uma pequena engrenagem. Ela olha para baixo e vê um relógio de bolso, ela olhou para ele. Ela pegou uma de suas facas, pegou o relógio de bolso e desmontou o relógio até que apenas o pequeno relógio foi deixado.

– O tempo faz você viver por meio de tortura. – Ela disse. Então começou lentamente a remover sue próprio olho esquerdo que ficou embaçado e vermelho. O olho caiu na pia. Houve um som de estalo que parecia que o relógio se encaixou perfeitamente em seu olho.
– Eu… Sou… Clockwork.
A jovem que antes era conhecida como Natalie se afastou de sua casa em chamas. No interior, a girafa lentamente queimava, juntamente com corpos de sua família.


Não tenho muitas lembranças do meu passado. O rosto dos meus verdadeiros pais estava desfocado na minha mente. Eu tinha apenas alguns flashes da minha infância, nomes sem rostos e escuridão total.
Aos nove anos de idade algo aconteceu comigo. O trauma foi tão grande que me fez querer esquecer a maior parte da minha vida, felizmente ou não, eu esqueci. Minha única lembrança vívida, porém, muito nebulosa está relacionado a quem devia ser meu melhor amigo antes do trauma. Era uma imagem dele ainda borrada na minha mente, de fundo uma risada junto com a melodia de uma caixinha de música. Se eu forçar bem, ainda podia ver seus olhos castanhos e cabelos mogno escuro. Lembrei-me de seu sorriso amigável, mas nada mais. O resto desapareceu na escuridão.
Sem ninguém saber do meu passado, eu fui levado à um orfanato. Impressionantemente fui adotado. Madalena e Steven me trouxeram de volta a sensação e calor de ter uma família, era um sentimento que eu também havia esquecido.
Nós nos conhecemos em um grupo no Whatsapp. Tudo começou inocentemente. Gostávamos de conversar sobre interesses incomuns (livros, youtubers, musicas, etc), Mas depois de alguns dias nossas conversas se tornaram mais... picantes. Eu prometo que vou poupar os detalhes. O ponto é, eu nunca tinha me envolvido em um relacionamento pela internet antes e foi emocionante. Um mistério nessa coisa toda me intrigava. Nós nunca tinha vistos qualquer foto um do outro e também nunca mandamos áudio.
Eu já tive muitos relacionamentos maravilhosos com mulheres no passado, mas para ser honesto, eu nunca teria sonhado em cortejar uma menina, a menos que eu ficasse atraído fisicamente por ela em primeiro lugar.
Ela nunca me disse seu verdadeiro nome, mas me pediu para chama-la de HoneyBee. Eu não me importava muito com a identidade. Naquela época eu já tinha uma namorada.
O nome dela era Melissa e nós já estávamos juntos há dois anos. Ela sempre foi muito boa para mim e certamente não merecia um namorado como eu que se envolvia emocionalmente com outras pessoas pela suas costas. Nosso relacionamento estava estagnado. Nós quase nunca fazíamos amor e eu sempre sentia um vazio dentro de mim. HoneyBee preenchia esse vazio e eu não me sinto mal por isso já que não havia nenhum contato físico entre nós.
As vezes agente até conversava online enquanto Melissa e eu estávamos no mesmo quarto. Eu sei que soa mal, mas as coisas simplesmente chegaram nesse ponto. Suponho que esse elemento extra de perigo ajudou a adicionar mais emoção ao nosso “caso”, e como eu disse antes, apenas emocionalmente. É impossível descrever os sentimentos que sentia quando ligava meu celular e via que tinha uma nova mensagem de Honeybee.
Foi em uma sexta feira a noite quando tudo aconteceu. Melissa viria aqui em casa para assistir um filme, o que normalmente significava dela adormecer no meu sofá enquanto eu conversava com Honeybee até de manhã. Tínhamos combinado dela estar aqui em casa as oito em ponto mas já eram nove da noite e ela ainda não tinha aparecido. Comecei a ficar um pouco preocupado. Eu podia estar de certa forma envolvido com outra mulher, mas eu ainda me importava profundamente com Melissa. Ela não estava respondendo minhas chamadas nem mensagens. Alguns instantes depois meu recebeu uma nova notificação. Era HoneyBee.
Honeybee: Aconteceu alguma coisa?
Eu: Nada, to bem, e você como está?
A mensagem de Honeybee me fez esquecer a ausência de Melissa.
HoneyBee: Pensando em mim?
Eu: Claro que sim, e você pensava em mim¿
Eu estaria mentindo pra você se eu não admitisse que estava esperando ouvir algo sexy de volta.
HoneyBee: Eu estava tentando imaginar como deve ser sua aparência.
Em todas nossas conversas anteriores, nunca conversamos sobre a minha aparência física. HoneyBee sabia quantos anos eu tinha, a cidade que eu morava, mas nenhuma vez ela mostrou interesse em minha aparência.
Eu: Você quer que eu me descreva pra você¿
HoneyBee: Melhor.... Me mande uma nude sua.
Eu: Você primeiro.
HoneyBee: kkk... ok
Alguns minutos se passaram até que eu recebi uma nova mensagem, era uma imagem. O sinal Wifi estava muito ruim, demorou um pouco para fazer o download da foto. Era uma foto de uma mulher em frente ao espelho, ela tirou com flash de propósito para não mostrar seu rosto, mas eu reconheço um traseiro feminino quando eu vejo um.
HoneyBee me enviou a foto da sua bunda gostosa.
HoneyBee: Você gostou?
Eu: Sim, pena que não da pra ver seu rosto.
HoneyBee: Primeiro eu tenho q saber se posso confiar em você, por isso me envie uma foto sua... mostrando seu rosto... seu corpo... e espero não ver nenhuma cueca. ;)
Eu peguei meu celular e corri para o banheiro. Eu não tinha certeza exatamente do que iria fazer. Eu nunca enviei nudes minha para uma mulher antes. Quebrei a cabeça tentando pensar qual seria o melhor ângulo para a foto. Eu deveria sorrir? Tentar um olhar de desinteressado? Meu pênis ereto? finalmente eu decidi tirar toda a roupa e tirar uma foto e envia-la antes que eu desistisse da ideia. Eu enviei a foto para HoneyBee e esperei por sua resposta.
HoneyBee: Hawt....... Bonito....... Grande.
Eu: Agora é sua vez de me enviar uma eim ;)
HoneyBee: kkkk... Ok
Trinta minutos se passaram e eu ainda não tinha uma resposta dela. Eu comecei a ficar autoconsciente. Talvez minha foto tenha acabado com o interesse que ela tinha por mim. Finalmente, depois de quase duas horas meu celular recebeu uma notificação. Era uma foto a pré visualização do Whatsapp não era muito claro, então já fui baixando a foto me preparando para uma ficar decepcionado talvez. Mas em vez disso, eu fiquei perplexo.
Era uma foto do pé de uma mulher – A parte do pé para ser mais preciso. A foto era um close que só mostrava o tornozelo. Eu estava prestes a enviar uma mensagem para HoneyBee, quando ela enviou outra foto. Desta vez era uma foto dos joelhos. No começo eu pensei que HoneyBee estava apenas me sacaneando, mas em seguida, mais fotos começaram a chegar: Coxas, Umbigo, Mãos tampando os seios, o cotovelo ao lado do pescoço, dedos molhados brincando na região pubiana.
Eu estava excitado, ansioso e ao mesmo tempo ficando um pouco desconfortável, especialmente quando a imagem seguinte carregou.
Era um ombro. Na parte superior tinha uma pequena verruga marrom – Uma que reconhecia. Melissa tinha uma verruga no mesmo local exato em seu ombro.
Eu comecei a entrar em pânico, será que eu tinha sido vitima de uma pegadinha muito bem elaborada por minha namorada¿ porque ela faria uma coisa dessas comigo? infelizmente esse medo foi se foi, logo que a imagem seguinte carregou. Digo infelizmente porque quando eu abri, eu teria dado qualquer coisas para que fosse uma brincadeira de Melissa.
Nessa nova foto, era o rosto de Melissa, mas algo não estava certo. Sua boca estava aberta, sua pele estava pálida e seus olhos pareciam sem vida. Outra imagem veio de um ângulo ligeiramente mais amplo. Impressões digitais roxas envolvidas em torno de seu pescoço como um colar. Alguém tinha a sufocado. Eu gritei na escuridão da minha sala sobrecarregado pelo terror. Algumas horas antes estávamos mandando mensagens uns aos outros, fazendo planos para assistir Orange is The New Black no NetFlix, e agora meu celular estava exibindo uma imagem de seu cadáver estrangulando. Eu chequei novamente o Whats. Mais uma nova foto estava sendo carregada.
Essa tinha um ângulo ainda maior. Melissa tinha sido despojada completamente nua, e estava deitada em um chão, parecia um chão de armazém, não tinha certeza.
Congelado eu só observava a tela enquanto uma lágrima se formava.
HoneyBee está escrevendo...
HoneyBee: Agora... Meu rosto
Depois dessas três palavras uma nova foto estava sendo baixada. Ela era louca o suficiente para me enviar uma foto de seu rosto depois de praticamente confessar ter matado minha namorada. Eu esperava o download da foto terminar para que eu fosse imediatamente para a policia. Eu abri o arquivo com um frio na barriga.
Eu estava realmente olhando para um rosto, mas não se parecia nada como uma pessoa. Com exceções de algumas manchas vermelhas aqui e ali a pele era branca como a neve. Alguns fios soltos de cabelos grisalhos pendiam do topo do que eu só posso supor que era a cabeça de Honeybee. Fora isso era completamente careca; um pequeno nariz arrebitado anormalmente elevada na face entre dois enormes olhos completamente brancos. Seus lábios finos eram esticados demasiadamente amplos revelando um sorriso maligno grotesco. A ausência de dentes era a parte que eu achei mais revoltante, embora as babas de saliva driblavam a atenção para aqueles lábios horríveis que fez meu estômago se revirar.
A testa de HoneyBee sobressaia para o exterior sobre seus olhos como um homem das cavernas. Eu não podia ter certeza por causa do ângulo que a foto foi tirada, mas eu acredito que não haviam ouvidos em sua cabeça. Seu pescoço esticava anormalmente e facilmente com o comprimento de pelos menos três vezes de uma pessoa normal e entortado bruscamente para esquerda.
Sentei-me na cadeira do computador com o coração quase saindo pelo boca quando outra mensagem chegou.
HoneyBee: Então... Eu quero mais fotos suas.
HoneyBee: Não se preucupe...
HoneyBee: Eu já estou tão perto, que eu mesmo posso tirar.
Bem vindo ao inferno meu amigo. Não, também não é o que eu esperava quando cheguei aqui pela primeira vez. Acho que ninguém esperava isso.
O inferno é um trabalho de escritório.
O inferno não parece ser tão ruim, não é? Praticamente o paraíso comparado ao que nos é dito enquanto estávamos vivo, sem aqueles lagos de lavas, chamas e tudo mais. Quero dizer, com certeza não é um daqueles escritórios do centro de São Paulo com horário de pausa, massagem uma vez por dia nem água filtrada. Não temos ao menos um cubículo onde poderíamos ter um pouco de privacidade enquanto trabalhamos.
Nada disso, é apenas um escritório com piso plano que parece ser infinito. Nada além de mesa de trabalho e filas e filas de mesa de metal cinza sob uma iluminação fluorescente doentia. Essas pessoas sentadas nas mesas são seus novos colegas de trabalho e sim também são pecadores que foram condenados ao inferno. Você vai ouvir uma tosse ocasional ou alguma fungada, mas na maior parte, tudo é muito tranquilo.
Por quê?
Porque nos estamos pensando em coisas, é por isso. Estamos pensando muito, muito bem no que vamos escrever no pedaço de papel branco em nossas mesas.
Você também tem um.
É uma folha de sulfite com uma linha vermelha na parte superior e dez linhas azuis embaixo. Não computadores sofisticados para trabalhar aqui, apenas uma folha de papel.
Mas é uma folha de papel muito importante. Você ganha uma nova a cada dia, e se você escreve algo nela, então é só esperar para começarmos a noite.
O que há de tão importante que acontece a noite?
Bem, um dia no inferno pode ser como trabalhar em um escritório, mas a noite, as coisas são completamente diferente. A noite você pode acabar como uma formiga torturada por uma criança, ou dançar descalço sobre o vidro. Nós já tivemos nossos olhos arrancados, nossas linguas cortadas com facas de cozinha e nossos intestinos sendo arrancados e desenrolado através de nossas bocas. E essas foram as noites fáceis. Normalmente é muito pior.
É por isso que as folhas de papel são tão importantes.
Você achou que o Diabo ou demônios seriam criativos com suas punições? Tente dizer a um bando de seres humanos condenados que um deles vai ter uma noite de folga, livre de punições, se eles escreverem no papel a tortura mais inventiva do dia. Nem os demônios podem competir com nossa criatividade.
Mas calma, não desista ainda. Nós temos que deixar nossa ideia do dia na caixa de sugestões antes do prazo das 05:00. Eu lhe desejo boa sorte, mas isso significaria má sorte para mim, não é?
Oh, espere, eu vejo aquele olhar em seus olhos. Você está pensando sobre a possibilidade de todos se unirem e escreverem torturas fáceis como uma noite de cócegas nos pés, certo?
Bem, esqueça. Não importa o que você faça, sempre haverá aquele cara, você sabe? Geralmente mais de um, mas sempre haverá pelo menos um idiota estúpido, egoísta ou simplesmente doentio que estraga as coisas para todo mundo. Se você não acredita em mim, você não conhece a raça humana muito bem.
Ou você nunca trabalhou em um escritório.
Mas eu não me preocuparia com isso. Depois desta noite, eu tenho certeza que você vai se encaixar bem.
É aqui que passaremos a eternidade.
A Deep Web é uma das coisas mais incríveis do mundo. Não é por causa das coisas doentias que podemos encontrar lá, mas porque é uma visão completamente sem censura das pessoas. Você pode falar o que pensa; comprar o que quiser; fazer o que quiser; na Deep Web você tem liberdade total.
Desde que descobri, fiquei fascinado pela Deep Web e o que vou contar agora, aconteceu quando eu estava na faculdade. Muitos colegas do meu campus haviam acessado a Deep Web. Era quase uma tendência. Com tantos conhecidos navegando por lá, me parecia seguro eu também navegar e descobrir sobre as coisas que acontece lá.
Agora eu sempre ouvi também histórias de terror da Deep Web, histórias de pirataria, tropeços em sites de desgosto e até mesmo as pessoas que de alguma forma encontram seu endereço. Estas histórias foram as que me manteve fora da Deep Web, mas como a maioria das pessoas na minha faculdade usavam de um computador normal, eu decidi tentar. Eu perguntei a um amigo para me ajudar a configurar. Quando ele chegou, abriu meu notebook e começou a configurar tudo.
Ele me disse que estávamos usando o Thor, um navegador que permite que você acesse a Deep Web.
Ele também me perguntou se eu estava pensando em fazer alguma coisa ilegal, eu respondi que não.
Ele falou que se fosse o caso eu precisaria instalar um programa chamado Tails, que aparentemente torna mais seguro a navegação caso queira acessar algo ilegal.
Um pouco mais tarde, tudo estava configurado. Eu tinha o meu novo endereço de IP, e meu amigo me deu um breve resumo do que e o que não fazer.
Após cerca de duas semanas navegando na Deep Web, eu ja me sentia como um profissional. Eu tinha acessado vários sites diferentes, conversado com pessoas fascinantes, fiz alguns amigos e até comprei algumas sementes de maconha pra plantar. Eu tinha me tornado arrogante e estava pronto para cavar mais fundo na Deep Web.
Eu desliguei o modo de censura do wiki e comecei a pesquisar. Demorou um pouco, principalmente porque o Thor fica um pouco lento e muitos dos links levavam para paginas invalidas. Eventualmente eu tropecei em um endereço onion chamado “Todo o gore”.
A principio era uma sala de bate papo com diversos temas. Eu tinha um estomago bastante forte e já tinha visto muitos filmes violentos, decapitações, assassinatos e etc. pela internet normal. Depois de olhar algumas salas de bate papo, percebi o quão doentio esse site era. As pessoas nestas salas de chat eram verdadeiros assassinos, comentando sobre algumas coisas que tinham feito. Na sala você também pode postar fotos, um homem com o apelido de “Cultura 045” estava meio que dando uma palestra em uma dessas salas.
Ele estava explicando em detalhes como ele tinha quebrado a casa de alguém, sequestrado uma menina e como brutalmente matou seus pais, escondendo-se sob a cama de em seguida abrindo suas gargantas. Ele levou a menina para sua casa, estuprou, espancou e a cortou. Eu não achava que ele estava dizendo a verdade, mas depois ele postou as fotos. Estas foram as imagens mais horríveis que eu já tinha visto. A menina devia ter entre 8 e 10 anos, sendo brutalmente estuprada, espancada e cortada com uma faca.
Cultura 045 postou mais fotos, nessas eram a menina, amarrada a uma cadeira, sangrando, chorando, vomitando etc. Depois ele mostrou uma foto dele com um broca e perfurando o crânio da menina. A parte mais assustadora é que, enquanto ele fazia isso, ele olhava para câmera... Com alegria em seu rosto.
Eu já tinha visto o suficiente, então digitei na janela de bate papo:
“Vocês são doentes! Merecem Morrer! Como vocês conseguem dormir a noite?”
Imediatamente todos lá começaram a tirar sarro de mim, dizendo que eu era “Apenas um impotente e ignorante como a menina nas fotos”, e que eu deveria “sair da parte mais legal da internet” eles começaram e me xingar, e logo depois o Cultura 045 digitou algo no chat.
Ele disse: Sério? Onde você mora amigo? Tenho certeza que todos adorariam ver você neste site.
Então eu cometi o maior erro da minha vida e digitei; “Eu vou chamar a policia e fazer esse site ser fechado” menos de um minuto depois uma nova janela de bate papo se abriu sozinho. Nele alguém chamado “Administrador 1” digitou para mim: “Chame a policia e você vai se arrepender” Eu não respondi nada e estendi a mão para meu celular. O que aconteceu me assombra até hoje.
Meu celular dizia que eu tinha uma nova mensagem, eu abri e ela dizia: “Chame a policia, e você estará morto” Não havia número, ele ao menos mostrava “número desconhecido” apenas estava em branco. Olhei para meu notebook e vi a luz da minha web cam ligada. Eu rapidamente cobri, mas eu vi na tela, uma foto minha, olhando para meu celular.
Eu congelei por um momento quando o administrador digitou novamente: “Largue seu telefone e descubra a webcam. Eu coloquei meu telefone para baixo, mas mantive a web cam coberta, quando ele digitou novamente. “Ok, então seja como quiser” logo depois ele postou meu nome completo, minha idade, endereço e no chat ele digitou: “Seria uma pena se você ou alguns de seus amigos da faculdade desaparecesse, não seria”? Agora descubra sua web cam” Eu então fiz o que ele disse.
Ele me pediu para seguir algumas instruções para que fosse impossível eu chegar nesse site novamente. Segui todos os passos, quando terminei tinha uma nova mensagem: “Agora não se atreva a voltar” como antes, não havia nenhum numero. Eu ainda chamei a policia do telefone de meu amigo, mas eles nunca foram capazes de encontrar o site.
Se alguma vez você ir na Deep Web, saiba que não há apenas coisas interessantes a se explorar. Eu era um miúdo estúpido da faculdade, e só espero que ninguém cometa os erros que cometi. Mudei para uma casa diferente e mudei todas minhas informações, mas eu ainda tenho pesadelos sobre aquele dia.

PARTE 2

Há alguns dias atrás eu postei aqui sobre minha terrível experiência sobre a Deep Web, mas saibam que aquilo não foi tudo.
Eu estava extremamente abalado com que tinha acontecido, a policia tentou rastrear o website, mas desde que não havia nenhuma maneira deles recuperar o histórico de navegação e eu tinha encontrado aquele site clicando em links aleatórios. A policia me disse para mudar todas minhas informações e ir morar com algum amigo. Depois de alterar todas minhas informações pessoais, decidi morar com meu amigo David. David era um cara trabalhador e extremamente honesto. Ele nunca ia as festas do colégio, não bebia, não dirigia em alta velocidade e era muito dedicado a terminar a faculdade.
Na verdade, ele era um dos poucos miúdos que eu conhecia na época que não estava interessado em navegar na Deep Web. Eu tive que lhe contar tudo sobre minha experiência na Deep Web, isso principalmente porque ele me aceitou para morar junto com ele. Uma noite nos dois estávamos estudando até tarde, quando meu telefone tocou. Eu olhei para ver quem tinha me enviado a mensagem. Não tinha número, como da ultima vez. Dizia: “Verifique seu computador” não havia mais nada, apenas essa simples instrução. Eu abri meu notebook e quando fiz, notei que eu não tinha o controle do mouse.
Tentei mover, mas o mouse tinha acabado de se mexer por conta própria! Alguém tinha acesso remoto do meu computador. Eu nunca permiti acesso remoto a ninguém antes, eu tentei um monte de comando no teclado, mas nenhum funcionou. Notei que quem tinha o acesso remoto do meu notebook, fazia um download de um programa, provavelmente algum malware, mas não havia nada que eu pudesse fazer.
Ouvi novamente meu telefone tocar e desta vez a mensagem dizia: “Olhe pela janela” Eu estava sentado junto a uma janela, eu não sabia se ele se referia a janela do programa ou a janela na parede então eu olhei para fora e vi um homem no estacionamento, encostado em uma van branca. Ele tinha um celular em sua mão esquerda e quando olhei para ele, ele acenou a cabeça. Meu telefone tocou novamente. “Digite e segure a merda de alt + F5 a mesmo tempo para ativar o programa” Eu liguei para David vir ao meu quarto ver o que estava acontecendo. Ele parecia tão nervoso quanto eu. David ligou para a policia e eles disseram que estariam aqui em breve. Eu não me atrevi a ativar o programa, apenas sentei na mesa do computador.
Eventualmente outra mensagem chegou: “Eu estou indo até você se você não ativar esse programa agora!”
Eu não sei porque ele, ou a pessoa no controle do meu computador não podia ativar o programa, mas eu não me atrevia a perguntar. Ao mesmo tempo porém, eu estava 99% certo que seria algum vírus espião ou algo que seria destrutivo para meu computador, então me recusei a ativa-lo.
David pegou um taco de baseball caso o homem do lado de fora tentasse entrar. Cerca de 5 minutos depois ouvimos o giro da maçaneta da porta. Ela estava trancada, mas em seguida ouvimos as batidas na porta. Nós dois nos assustamos, eu olhei para fora da janela novamente. Com certeza, o homem e a van tinha ido embora. Mas as batidas na porta ficavam cada vez mais violentas, até que finalmente ouvimos um som horrível da arranhões. Durou mais alguns minutos e então ouvimos os passos caminhando para fora do corredor e eventualmente desaparecer. Eu recebi outra mensagem. “Nós voltaremos”
Isso realmente me pegou de surpresa, quando os policiais chegaram me disseram para olhar para minha porta. Segui-os de volta para o corredor e vi gravado na posta meu nome... A policia começou a investigar todo o edifício e chamaram um policial hacker para verificar meu computador. Ele começou a fazer varredura e investigar o programa estranho no notebook. Eventualmente ele conseguiu fecha-lo e remove-lo e me disse que meu notebook não é seguro. Também disse que os arquivos do núcleo podem ter sidos hackeados ou corrompidos. Fizemos uma limpeza completa no computador e ele olhou meu celular. Como da ultima vez, ele não poderia me dizer de onde as mensagens vieram e me disse que durante alguns dias alguns policiais estarão nas proximidades caso isso aconteça novamente.
No dia seguinte, eu tinha acabado de chegar da escola e estava muito cansado. David não estava em casa ainda, fui para meu quarto e cai na cama. Eu tinha apenas começado a fechar os olhos quando ouvi um ruído no meu armário. Eu levantei minha cabeça para ouvir novamente, mas não ouvi nada então voltei a dormir. Depois de alguns minutos a porta do meu armário se abriu. Saltei da cama e vi um homem com uma mascara andando até mim. Corri pela porta e bati com ele atrás de mim. Corri para fora do estacionamento, em direção ao meu carro e fui embora o quão rápido quanto podia.
Só voltei depois que a policia foi chamada, o homem ja tinha ido, nada no apartamento foi destruído ou roubado. Esta noite dois policiais estavam monitorando todos que entravam ou saiam do edifício a fim de capturar o homem.
Eu abri meu notebook e percebi que meu papel de parede tinha mudado. Era apenas um monte de arvores mas foi alterada para uma imagem doentia de um homem com uma mascara, a mesma mascara que vi no homem que estava no meu armário, cavando uma faca no olho de um bebê no que parecia ser uma cabana. Notei também que todos meus arquivos e programas tinham sidos removidos e vi apenas o mesmo programa da ultima vez. Eu cliquei sobre ele, ele ja havia sido instalado. O programa rodou em tela cheia e o que parecia uma livestream estava acontecendo. Eu não podia fechar e a live estava mostrando a imagem de um menino de uns 13 ou 14 anos mexendo em seu computador.
Não demorou muito para eu perceber que eu estava assistindo através de sua web cam e ele não fazia ideia. Eu vi uma caixa de bate papo em um pop-up no canto superior direito da tela, e nele alguém digitou. “Sejam bem vindos a uma verdadeira Live do terror, estamos contentes por estarem aqui, Ah, Obrigado John por estar aqui também”. Meu olhos se arregalaram, Meu nome é John, e eles estavam esperando até que eu estivesse assistindo para iniciar essa Livestream.
Enquanto eu olhava, vi que a porta do armário atrás do pobre rapaz se abriu bem devagar, e um homem saiu com uma caixa de ferramentas em uma mão. Ele calmamente colocou a caixa de ferramentas no chão e tirou um pouco de fita adesiva. Ele foi atrás da criança o agarrou com força e colocou fita adesiva em sua boca. O rosto do pobre garoto era de meto total, ele tentou gritar, mas não conseguia, eles estavam fazendo uma quantidade razoável de barulho por isso percebi que o garoto devia estar sozinho em casa.
Já aviso que o que vou descrever agora é conteúdo NSFW, se você estiver ouvindo isso em lugar publico ou com parentes por perto, acho melhor usar fones de ouvidos para não ser constrangedor.
Eu tentei de tudo para fechar, mas não conseguia, então vi o homem tirar uma chave de fenda e conduzi-lo até o peito do garoto. O sangue começou a derramar e o garoto parecia nem estar com a fita na boca pois um grito de dor agoniante atingiu meus ouvidos. Eu vi lagrimas em seus olhos quando este homem doente apertava a chave de fenda cada vez mais e mais profunda e depois arrancou. O homem então pegou um martelo e quebrou as mãos do garoto varias vezes ates que elas eram nada mais de que um monte de carne mutilada. Eu tentei todos os comandos para sair, mas nada estava funcionando. Notei que na caixa de bate papo várias pessoas estavam torcendo para o homem e pedindo para ele fazer coisas diferentes para o menino.
O homem pegou uma serra elétrica portátil, pressionou contra o rosto do menino e ligou. O menino gritou de dor quando a serra atingiu seu olho jorrando sangue por todo lado, inclusive um pouco na web cam. Eu comecei a derramar lágrimas pelo o que eu estava assistindo ao vivo. O Homem tirou uma faca grande e começou a arrancar a cabeça do garoto com cortes profissionais em sua garganta. Eu estava mal, Vomitei por todo o chão e quando olhei de volta para o computador, vi na caixa de bate papo as pessoas digitando coisas horríveis como “ fap fap fap” ou “Oh meu deus, isso é tão maravilhoso, obrigado por salvar minha noite entediante” etc. Na caixa eu vi que alguém chamado Cultura 045 digitou. “Obrigado por assistir John” depois disso o programa se fechou por conta própria e eu fiquei com aquele papel de parede doentio. Eu estava suando, respirando pesado e me sentindo mal.
Ao longo de tudo isso nem percebi que meu telefone tinha varias mensagens. Eram mensagens de ódio vindo de meus amigos a família! Perguntei a minha mãe o que havia de errado, ela me mandou uma mensagem de volta. “Você mandou aquele link de uma livestream doentia e perturbante para todos! Eu não posso acreditar que você assiste uma coisas dessas! Você me da nojo! Eu chamei a policia!”
Eu me senti ainda mais mal do que antes. Esses monstros que enviaram a livestream para todos meus amigos e de alguma forma se passando por mim. Eles praticamente arruinaram minha vida em poucos minutos.Quando a policia chegou, eu disse a eles tudo o que tinha acontecido e rapidamente eles conseguiram explicar a todos os meus amigos e familiares o que tinha acontecido.Eles realmente reprimiram a encontrar os responsáveis, e um mês depois, quatro homens foram presos. Um era o Administrador 1 e o outro era o Cultura 045 e os outros dois trabalhavam com eles. O local foi encontrado e tiraram aquele endereço onion do ar.
Eu poderia terminar este meu relato com alguns clichês de horror dizendo que continuei recebendo mensagens ou que coisas estranhas aconteceram depois, mas nada disso aconteceu. Eles foram presos, nunca mais fui perturbado novamente. É bom saber que esses homens estão na cadeia ou talvez até mesmo mortos, Mas o que me assusta é todas as outras pessoas que assistiram a livestream, que estavam lá por prazer, eles ainda estão soltos por ai, e provavelmente há milhares de outros como o Cultura 045 pelo mundo todo.
Se alguma vez você for entra na Deep Web, faça um favor a você mesmo, não procure por coisas que possam te abalar, ou destruir seu psicológico, não cometa os mesmos erros que eu e saiba que nunca, nunca você estará tão seguro quanto pensa que está.